Evaporação – Para onde foi a água?
Contextualização: Na natureza, a energia ou o calor do sol, faz com que a água evapore, passe do estado líquido para o estado gasoso. A água está continuamente a ser aquecida e arrefecida, evaporando, condensando ou congelando de acordo com a temperatura ambiente.
Procedimento:
- Encher os dois recipientes com água.
- Assinalar, com uma caneta de acetato, os níveis de água nos recipientes.
- Num dos recipientes, verter um pouco de óleo. Explicar que os dois líquidos não se misturam: a água que é mais pesada fica no fundo e o óleo que é mais leve fica em cima.
- Submeter os dois recipientes a uma fonte de luz artificial intensa.
- Observar a evolução dos níveis de água nos recipientes ao longo do tempo.
- Observar a diferença dos níveis de água nos dois recipientes. Concluir que a água do recipiente sem óleo se evapora, enquanto que no outro recipiente, o óleo impede a evaporação da água para a atmosfera.
Condensação – Não vejo nada! Está tudo cheio de vapor…
Contextualização: Podemos observar a condensação diariamente em vários locais, por exemplo, na janela do carro e nos vidros dos chuveiros. Mas porquê? O ar que respiramos está cheio de vapor de água, que é o gás que se forma quando a água evapora. A condensação vem do vapor de água que existe no ar, que é composto por milhões de moléculas de água minúsculas. Este vapor de água é um gás se estiver à mesma temperatura que o ar que nos rodeia. Mas quando arrefece, transforma-se em água líquida. É isso que acontece quando o vapor de água está em contacto com uma superfície fria, como uma janela. O frio faz com as moléculas de água fiquem com menos energia e se movam mais lentamente. Quando o movimento das moléculas é muito lento, elas transformam-se em pequenas gotas de água: elas condensam!
Procedimento:
- Colocar água numa chaleira eléctrica e deixar ferver.
- Observar o efeito do aumento da temperatura na água: passagem do estado líquido para o estado de vapor.
- Observar que a passagem do estado líquido para o estado de vapor pode ocorrer por evaporação ou por ebulição. Definir bem a diferença entre a ebulição e evaporação.
- Aproximar um espelho do vapor de água que se liberta da chaleira.
- No espelho, observar a transformação da água do estado de vapor para o estado líquido: a condensação!
- Encher um recipiente metálico com água e gelo.
- Tapar o recipiente metálico e esperar um pouco.
- Observar as gotas de água que se formam no lado de fora do recipiente metálico. Referir que as paredes do recipiente metálico estão muito frias e arrefecem o vapor de água, que se deposita no lado de fora do recipiente.
- Observar que as gotas que se formam nas paredes do recipiente metálico não provêm da água que está dentro do recipiente. O recipiente está fechado! As gotas vêm do ar que nos circunda e que respiramos, que está cheio de vapor de água “invisível”.
Solidificação – Está a ficar frio…
Contextualização: Sabemos que as bebidas ficam mais frescas se lhes juntarmos 2 ou 3 cubos de gelo. Se tocarmos num cubo de gelo sentimos logo que é frio. Mas o que é o gelo? É simplesmente água, mas numa forma diferente da líquida: o gelo é água no estado sólido! Mas quando é que a água se transforma em gelo? Nesta experiência vamos ficar a saber como e em que circunstâncias é que a água se transforma em gelo.
Procedimento:
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Encher dois copos de plástico com água.
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Colocar um dos copos no congelador e o outro no frigorífico. Discutir a diferença de temperatura nestes dois locais.
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De 30 em 30 minutos, espreitar os copos, observar o que está a acontecer. E medir a temperatura da água nos dois copos.
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Ao fim de 3 horas, tirar os dois copos do frigorífico e congelador. Verificar que a solidificação apenas ocorreu no copo que estava no congelador. Discutir as razões porque tal acontece.
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Colocar a água que se transformou em gelo num prato e observar o que acontece.
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Repetir o mesmo procedimento com outros líquidos: leite, sumo, ….
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Discutir o que acontece com outros líquidos nas mesmas circunstâncias. Observar que os comportamentos são diferentes. Uns congelam mais rápido e outros mais lentamente. Contudo, todos congelam à temperatura do congelador, pois todos são constituídos fundamentalmente por água!
Precipitação – Está a chover no laboratório!
Contextualização: Quando chove, de onde vem a água? Como é que se formam as nuvens? Quando está calor e o vento sopra, a água dos rios, lagos e mares evapora-se, transformando-se num gás leve que sobe no ar. Este gás é o vapor de água. Ao subir, o vapor de água arrefece, formando-se pequenas gotas de água. São estas gotas que formam as nuvens. À medida que arrefecem, as gotas de água vão aumentando, ficam demasiado pesadas e começam a cair: começa a chover! Nesta esta experiência pretende-se observar a formação de uma nuvem e o fenómeno da precipitação no interior de um recipiente de vidro.
Procedimento:
- Colocar água quente no interior do recipiente de vidro transparente. Esta água vai representar a água dos mares aquecida pelo Sol.
- Colocar o copo de vidro no interior do recipiente, com a boca virada para cima.
- Tapar o recipiente de vidro com a travessa de alumínio, de forma a criar um sistema fechado.
- Colocar gelo no interior da travessa de alumínio. A travessa com o gelo representa a atmosfera fria.
- Fechar as janelas, apagar as luzes e incidir a luz de uma lanterna no recipiente de vidro para observar a nuvem que se forma. Observar que parte da água quente se transforma em vapor de água que sobe, e que quando arrefece, volta a transformar-se em água.
- Observar que o copo de vidro funciona como um medidor da precipitação.
Infiltração – Vamos ver se há água lá em baixo
Contextualização: A água subterrânea é a água que ocupa os espaços vazios e as fracturas que existem no solo, areia e rochas. É uma água que está “escondida”, mas que pode ser observada nesta experiência. Muitas comunidades obtêm a água que bebem a partir de fontes subterrâneas: os aquíferos. O abastecimento destas comunidades é feito através de uma perfuração que atravessa o solo e as rochas até alcançar os aquíferos, de onde é extraída a água para consumo. As casas que não obtêm a água para beber a partir de fontes de água pública, têm poços privados que captam a água subterrânea.
Procedimento:
- Colar o tubo do esguicho às paredes do recipiente de vidro.
- Encher o recipiente de vidro com uma camada de 4-5 cm de areão seguida de uma camada de 4-5 cm de areia. A camada de areia deve ficar com alguma inclinação, ficando a zona mais elevada do lado onde está colado o tubo do esguicho. Recordar que na natureza, alguns aquíferos são constituídos por camadas de areia, de areão e de rocha.
- Enterrar metade do copo de plástico perfurado na camada de areia, com a boca virada para cima.
- Verter, lentamente, água no recipiente e observar como a água preenche os espaços entre os grãos de areia e do areão. Observar que a água parece mover-se mais rapidamente através do areão.
- Continuar a verter água até o nível estar, aproximadamente, um centímetro acima do topo da camada de areão. Referir que este nível é chamado nível freático. A zona abaixo desta superfície está saturada de água (zona de saturação).
- Simular uma “chuvada” vertendo mais água do jarro (nuvem) no recipiente (superfície da Terra), até o nível da água estar, aproximadamente, três centímetros acima do topo da camada de areão. Referir que a quantidade de água subterrânea aumentou. O aquífero foi recarregado! É o que acontece quando chove ou cai neve e a água se infiltra no solo.
- Continuar a verter água no recipiente até o nível da água ultrapassar, ligeiramente, o topo da camada de areia na zona menos elevada. Referir que a água que surge acima da camada de areia é água superficial, tal como os rios e os lagos. A água que existe abaixo da superfície da terra é água subterrânea. Verificar que o nível da água superficial corresponde ao nível da água na camada de areia.
- Observar o aparecimento de água no copo de plástico – poço. Referir que o nível da água nos poços é geralmente muito influenciado pela precipitação.
- Simular a extracção de água subterrânea com o esguicho, que funciona como uma bomba de extracção de água. É o que acontece nos furos que atravessam o solo e as rochas e alcançam um aquífero.
- Observar o efeito do bombeamento no nível de água no “aquífero”.