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Portugal – Indústria Extractiva

Síntese

A evolução da Indústria Extractiva (minas, pedreiras e águas) no período de 1989-1998, evidencia a alteração provocada no subsector de minas, pelo arranque dos projectos de produção de concentrados de cobre, no ano 1988, e de estanho em 1990, na mina Neves-Corvo. Dado ser o projecto mineiro mais importante actualmente existente no País e de se localizar na Região Alentejo, faz com que esta Região detenha posição dominante relativamente às restantes Regiões, neste subsector. Em termos de importância relativa, segue-se a Região Centro onde se localiza o 2º centro de produção mineiro mais importante – a mina da Panasqueira, produtora de minérios de volfrâmio.

A partir de meados da década de 90, registou-se um decréscimo no valor do subsector de minas, consequência da regressão acentuada que se verificou nos minérios metálicos, preciosos e energéticos, efeito decorrente da quebra de cotações internacionais de metais básicos e preciosos e da redução verificada na produção de minerais energéticos (carvão e urânio), cujos centros de produção se localizavam, respectivamente nas Regiões Norte e Centro.

Relativamente ao subsector de pedreiras, onde se incluem as rochas ornamentais e as rochas industriais, tem-se registado um significativo ritmo de crescimento, devido no primeiro caso, ao aumento de competitividade das empresas, consequência da valorização interna dos produtos comercializados, melhoria dos padrões de qualidade e maior agressividade nos mercados externos. Constata-se que a Região Alentejo é o maior centro produtor de rochas ornamentais, onde se localiza a zona de mármore e granito ornamental mais importante do País.

As rochas industriais têm tido forte incremento nos últimos anos, reflectindo os acréscimos de consumo destas matérias-primas no sector de construção civil e obras públicas sendo as Regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo, as Regiões que detém maior importância em termos de valor de produção.

No que respeita ao subsector de águas minerais e de nascente, Portugal dispõe de um apreciável potencial hidromineral, evidenciado pelo elevado número de ocorrências e pela grande diversidade hidroquímica, decorrente de uma complexa e diversificada geologia do País.

Constata-se que as Regiões Norte e Centro detêm cerca de 74% dos recursos hidrominerais e águas de nascente reconhecidos no território continental português, facto que é consequência das suas condições geológico-estruturais.

Os dois subsectores (engarrafamento e termalismo) têm registado nos últimos anos um considerável crescimento.

No último decénio a produção, em volume, de águas minerais e de nascente aumentou cerca de 95 % registando uma taxa de crescimento anual de cerca de 12 %. Por sua vez, o consumo anual “per capita” aumentou substancialmente no mesmo período, passando de 32,4 para 66,6 litros por habitante por ano.

Estes indicadores, revelam a existência de um considerável potencial de crescimento, que vem sendo devidamente aproveitado pelo sector empresarial.

Durante o ano de 1998, o volume de produção de águas (minerais naturais e de nascente) engarrafadas, foi de cerca de 653 milhões de litros correspondendo-lhe um valor de 32 milhões de contos.

A actividade termal que se encontra intimamente ligada a este subsector tem registado uma relativa estabilidade com uma frequência anual na ordem dos 90 mil aquistas, correspondendo-lhe um valor em inscrições, tratamentos e aplicações de cerca de 2,2 milhões de contos. Saliente-se ainda que a actividade termal é responsável por um enorme incremento do turismo, tanto a nível local como regional.

Relativamente aos trabalhos desenvolvidos pelos vários Departamentos do IGM, nas diferentes Regiões do País, nas áreas de Gestão de Recursos Geológicos, Cartografia Geológica e Hidrogeológica, Prospecção e Avaliação de Minérios Metálicos, Não Metálicos e Rochas Industriais e Petróleos estão descritos de forma pormenorizada, nos capítulos respectivos.